Números mostram que o impacto social e emocional da dor aumentou quase 25%, com o estigma e o isolamento social decorrentes da dor cotidiana aumentando em todo o mundo.
Londres (ING) - Um novo estudo global revelou que a sociedade se tornou menos tolerante com as pessoas que sofrem com dores crônicas. A quinta edição do Índice de Dor Haleon (HPI), conduzido pela empresa de saúde do consumidor Haleon, sugere que as atitudes em relação à dor na sociedade pós-pandemia agora são mais de crítica e menos tolerância. O estudo, realizado com 18.097 pessoas em 18 países, mostra que metade (49%) das pessoas com dor sentem-se estigmatizadas e um terço delas (32%) temem ser julgadas por sentir dor.
O índice global analisa o impacto real que a dor tem na vida das pessoas há quase uma década. O estudo deste ano constatou que, desde a sua primeira edição, em 2014, o impacto social e emocional da dor aumentou quase 25%, com o estigma e o isolamento social decorrentes da dor cotidiana aumentando em todo o mundo.
Cerca de 42% das pessoas entrevistadas disseram que se sentem solitários quando têm dor. A solidão séria aumentou em todo o mundo, com relato de 38% das pessoas na China continental, 33% na Austrália e 32% no Reino Unido. Isso coincide com os alertas sobre os impactos da solidão e do isolamento social na saúde pública emitidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Epidemia de Solidão apontada no primeiro semestre de 2023.
"A dor cotidiana é um problema de saúde que pode ser facilmente descartada ou banalizada. Muitas pessoas não percebem isso pode ser muito pior do que os próprios sintomas. O resultado da solidão e do impacto na saúde mental causado pela falta de empatia e por ser tratado de forma diferente só piora. Como sociedade, precisamos aumentar a empatia e a compreensão em um mundo que continua cada vez mais a ignorar essas questões”, explica a psicóloga Linda Papadopoulos.
O HPI revelou que as pessoas que já passam por preconceito, discriminação e exclusão na sociedade são as mais afetadas por essa visão quanto a dor.
- 58% das mulheres disseram que sua dor foi tratada de forma diferente, desacreditada ou discriminada em comparação com 49% dos homens. Os índices mais altos foram encontrados entre as mulheres da Índia (74%), Reino da Arábia Saudita (KSA) (74%), Brasil (74%) e China continental (61%).
- 59% das pessoas de cor disseram que sua dor foi tratada de forma diferente, desacreditada ou discriminada em comparação com 48% das pessoas brancas. Os índices mais altos foram encontrados no Brasil (71%), Polônia (64%), EUA (64%), e Reino Unido (60%).
- 44% das pessoas LGBQ+ temem as suposições sobre elas e sua dor, em comparação com 32% dos heterossexuais. Os índices mais altos foram encontrados na Índia (74%), EUA (74%), Canadá (74%) e Austrália (48%).
O estudo também revelou uma divisão geracional acentuada na forma como as pessoas sentem dor, sugerindo que os pacientes mais jovens têm mais dificuldades para falar sobre a dor conhecida e buscar tratamento:
- 70% das pessoas da Geração Z disseram que sua dor foi tratada de forma diferente, desacreditada ou discriminada em comparação com 40% dos Baby Boomers. Os índices mais altos foram encontrados na Índia (80%), EUA (79%) e Reino Unido (74%).
- 45% das pessoas da Geração Z as disseram que falar sobre a dor é um tabu em comparação com 35% dos Baby Boomers.
Embora a geração mais velha ache mais fácil falar sobre a dor e acessar tratamento, eles são os mais marginalizados quando se trata de acessar informações relacionadas à saúde online. 45% das pessoas de 75 a 84 anos disseram ter dificuldade ao acesso online sobre o assunto por não terem confiança em navegar na internet, em comparação com 33% no geral.
Os entrevistados concordaram com a necessidade de uma visão mais personalizada e compassiva da dor. Mais de dois terços (68%) das pessoas disseram que mais empatia para lidar com o preconceito e a exclusão faria uma grande diferença na sua dor. Enquanto isso, 69% disseram que gostariam que os médicos e 62% gostariam que os farmacêuticos fossem mais bem treinados sobre a sensação da dor em diferentes pacientes.
Estadão conteúdo
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.