Censo 2022 também apresentou novos desafios impulsionados pelo marco temporal que foi a pandemia. Expectativa fica agora para os dados que irão revelar novos hábitos de costume e comportamento.
Na rotina do dia a dia pode não parecer, porém acredite: Belém está mais vazia do que há 12 anos. Os resultados apresentados pelo Censo 2022 do IBGE mostram que a capital paraense perdeu 90 mil habitantes nesse período, atrás apenas de Salvador quando avaliadas as capitais brasileiras. Apesar da queda na casa dos 6,5%, Belém ainda tem a maior população do Estado com aproximadamente 1.303.400 pessoas.
De acordo com Everson Costa, economista o Dieese Pará, os números acompanham uma tendência mundial com o envelhecimento da sociedade e o formato de famílias que agora estão menores. No Pará, a média de pessoas no mesmo domicílio é de 3,31 moradores. Em 2010 era de 4,06.
“Economicamente falando, você tem população de capitais importantes pelo Brasil afora que estão diminuindo, envelhecendo, e isso vai trazer dilemas nos repasses federais que se dão através do quantitativo populacional, não estamos falando só do Fundo de Participação dos Municípios, estamos falando também do bolsa família, assistência social, educação e segurança”, explica Costa.
Levando em consideração a atual realidade, o economista cita ainda a importância de se fazer um novo debate sobre a reforma das aposentadorias e previdência, algo que já aconteceu num passado recente. São demandas sociais essenciais para manter o chamado 'sistema solidário’, que garante o funcionamento da Previdência Social. “Dependendo das condições do Pará, que é um estado em ascensão, é preciso repensar nessa mão de obra, a juventude precisa de escolaridade, isso refaz uma estratégia na aplicabilidade das políticas públicas”, explica.
A pesquisa aponta as cidades paraenses onde o índice populacional mais cresceu na última década, são elas: Parauapebas (112.516 novos residentes), Santarém (52.132); Canaã dos Carajás (50.363); Marabá (32.867); Altamira (27.204); Barcarena (26.791); Itaituba (25.819); Castanhal (19.113); Abaetetuba (17.088); e Alenquer (16.751).
A exploração de minério nestas regiões é o principal fator que justifica este impulso. Canaã dos Carajás, inclusive, apresentou a segunda maior alta no número de domicílios em todo o Brasil e a maior alta na quantidade de habitantes no Estado, com 9,23% residentes a mais que em 2010.
O Censo trouxe também novos desafios impulsionados pelo marco temporal que foi a pandemia. Fica a expectativa para conhecer os próximos dados como acesso à internet, telefonia móvel e produtos duráveis como geladeira, fogão e micro-ondas. “Eram coisas que, lá atrás, tinha-se pouco acesso, hoje algumas coisas se tornaram essenciais. As próprias pesquisas da inflação, o perfil pesquisado era um. Vamos ter um impacto direto na ponderação dos indicadores”, ponderou Everson Costa.
O Pará é o 9º estado mais populoso do Brasil e com o maior número de habitantes da região Norte do país, com 8.116.132 residentes. Trata-se de um aumento de 7,1% em relação ao levantamento de 2010.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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