No ano passado, pela primeira vez o planeta teve uma temperatura média maior que 1,5ºC acima do período pré-industrial.
Rio de Janeiro (RJ) - O planeta continua a bater recordes de aquecimento. O mês passado foi o janeiro mais quente já registrado na Terra, informou nesta quinta-feira o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência europeia do clima.
E, pela primeira vez, o mundo teve um período de 12 meses (fevereiro de 2023 a janeiro de 2024) com a temperatura média mais que 1,5° Celsius acima da do período pré-industrial, usado como marco do início do aquecimento global.
Tanto o Copernicus quanto a Organização Mundial de Meteorologia haviam alertado que 2024 deveria seguir a tendência de aquecimento e até superar 2023, o ano mais quente já registrado. Por trás de tanto calor está uma combinação de El Niño com mudanças climáticas, disseram os cientistas do Copernicus.
Haja calor
A temperatura média do planeta foi de 13,14°C - ou 0,70°C acima da média para janeiro no período de 1991-2020. Também é 0,12°C acima do janeiro mais quente até então, o de 2020. O mês foi 1,66°C mais quente que a média estimada para janeiro de 1850 a 1900, usado como referência para o período pré-industrial.
Oceanos muito quentes
Janeiro foi extremo na Europa, com frio polar no Norte, mas teve uma onda de calor fora de época no Sul do continente. Segundo o Copernicus, as temperaturas mais acima da média foram registradas no leste do Canadá, noroeste da África, Oriente Médio e Ásia Central. Já o oeste do Canadá, a região central dos EUA e a Sibéria ficaram abaixo da média histórica. A América do Sul, em pleno verão, teve temperaturas elevadas, mas não destacadamente acima da média.
Continentes
Na América do Sul, o maior desequilíbrio de janeiro foram as chuvas acima da média no Sul do Brasil e na Argentina. O leste da Austrália e o sudeste da África também estiveram mais chuvosos. A Europa registrou tanto tempestades severas quanto secas. E foram justamente as secas mais intensas que chamaram mais atenção dos cientistas.
Na América do Sul, as piores secas foram registradas no Chile e criaram condições propícias a incêndios florestais, como o que atinge a região de Valparaíso, o pior da História recente do país. A seca, que se arrasta pelo início de fevereiro, também afetou em janeiro o Chifre da África, a Península Arábica, parte do Canadá, do México e dos EUA, além de Ásia Central e oeste da Austrália.
As anomalias de janeiro também se fizeram sentir na Antártica. A cobertura de gelo sobre o mar ficou 18% abaixo da média para janeiro. Porém, recuperou-se em relação ao mesmo período em 2023, 31% menor. O Ártico, em pleno inverno, está na média histórica.
(Foto: Joilson Marconne/CBF)
(Com O Globo)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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