Pugilista diz ter passado vergonha e promete não lutar mais; último combate teve agressões após divulgação do resultado
São Paulo, SP - Acelino Freitas, o Popó, anunciou na noite de segunda-feira (6) sua aposentadoria do boxe. O pugilista de 50 anos, cuja última luta terminou com pancadaria generalizada dentro do ringue, disse ter passado vergonha no episódio e afirmou que não voltará a praticar o esporte no qual construiu sua carreira.
"Vocês não têm ideia de como foi vergonhoso para mim passar pelo que eu passei em cima daquele ringue", declarou, chorando. "Foi uma das piores humilhações que tive na minha vida como lutador, e esse é um dos motivos de eu parar aqui hoje e falar para todo o Brasil: a minha vergonha foi tão grande que hoje eu paro de lutar, não quero mais saber de boxe.”
O episódio referido pelo baiano foi a confusão que se registrou ao fim de seu combate com Wanderlei Silva, em São Paulo, no último dia 27. Em evento promovido por uma marca de cerveja, Silva foi desclassificado por golpes ilegais de cabeça. Anunciado o resultado, membros das duas equipes tomaram o ringue e trocaram agressões.
Durante a confusão, um dos filhos de Popó, Rafael Freitas, acertou um duro golpe em Wanderlei Silva, que ficou desacordado e teve de ser internado. Os dois times trocaram acusações sobre quem iniciou o entrevero, e o próprio Popó disse ter sido agredido. Dias após a luta, teve de passar por cirurgia na mão.
"Foi muito vergonhoso o que eu passei dentro do ringue. Para minha família. Nunca saí machucado de uma luta de boxe, mas ali saí machucado, porque o cara me agrediu fora da luta. Então, hoje eu paro aqui, penduro as minhas luvas e digo para vocês que o boxe parou para mim. Fiquei com uma vergonha tão grande que eu paro de lutar boxe", repetiu, chorando.
O anúncio foi feito durante a apresentação de outro evento de boxe, o Fight Music Show, marcado para 1º de novembro, em São Paulo. Pela programação divulgada inicialmente, Popó enfrentaria o ex-BBB Diego Alemão. Mas, mesmo que não tivesse passado pela cirurgia na mão, o baiano não poderia lutar: ele foi suspenso por seis meses pelo CNB (Conselho Nacional de Boxe).
Como profissional, antes de se dedicar ao circuito de lutas promocionais com celebridades, Acelino Freitas conquistou os títulos mundiais dos superpenas da OMB (Organização Mundial de Boxe) e da AMB (Associação Mundial de Boxe). Foi também duas vezes campeão da OMB entre os leves. O currículo faz dele um dos grandes nomes do Brasil na modalidade.
"Não tenho mais nada para provar a ninguém. Tenho 50 anos. Tenho uma vida para curtir, tenho netos para curtir e não tenho por que me expor tanto assim", afirmou o baiano, que voltou a citar a confusão da luta contra Wanderlei Silva para assegurar que a aposentadoria, desta vez, é para valer –em outras ocasiões, ele parou e voltou.
"Eu sei o que estou passando. Estou sofrendo, nunca fui agredido daquela forma. Foi vergonhoso para mim, foi vergonhoso para o boxe. Eu não envergonhei o boxe, porque eu lutei boxe. Eu tenho vergonha do que fizeram comigo em cima do ringue como lutador de boxe. Então, hoje eu paro", disse, voltando a chorar.
"Sabe por que vocês falam para eu não parar? Porque vocês não têm 50 anos.
Foto: Reprodução/TV Globo
(Com a Folha)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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