Medicamento reduziu 16,1% no índice de massa corporal (IMC) em adolescentes
A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Wegovy, medicamento da Novo Nordisk
à base do princípio ativo semaglutida (apresentado em 2,4 mg), para o
tratamento para sobrepeso e obesidade de crianças e adolescentes a partir de 12
anos. O remédio já tinha seu uso aprovado para adultos desde janeiro deste ano.
A semaglutida age como se fosse o GLP-1, um hormônio que sinaliza ao cérebro a
sensação de saciedade.
A nova indicação foi baseada no estudo ‘Step
Teens’, que demonstrou redução de 16,1% no índice de massa corporal (IMC) em
adolescentes com obesidade que tomaram o remédio.
"A obesidade é uma doença que pode começar na
infância ou adolescência, e até 90% dos adolescentes com obesidade podem
continuar convivendo com a doença na idade adulta. Esses pacientes também
correm um risco maior de desenvolver problemas de saúde graves relacionados com
o peso e, de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2023, o Brasil terá 7,7
milhões de crianças com obesidade até 2030?, declarou a Novo Nordisk em nota
sobre a aprovação.
O médico Matheus Alves Alvares, coordenador do
Departamento de Endocrinologia Pediátrica do Sabará Hospital Infantil (SP),
concorda. "A gente vê a obesidade aumentando exponencialmente em todas as
faixas etárias, desde as crianças até os adultos. Por isso, encaro essa notícia
como algo positivo e como nova medida de tratamento", conta ele.
Claro que as mudanças no estilo de vida, com dieta
equilibrada e prática de exercícios, são essenciais. Mas, de acordo com
Alvares, a novidade pode ajudar diversos pacientes adolescentes que, mesmo
seguindo esses hábitos saudáveis, não conseguem se manter na meta de peso
adequada.
"E sabemos que o excesso de peso quando na
infância ou adolescência é prejudicial no futuro. Então, quanto mais
precocemente você conseguir tratar, melhor", afirma. "O ideal sempre
é focar na mudança de estilo de vida, mas, em casos refratários, em que a
criança não consegue, eu vejo com bons olhos (ter a opção do remédio)",
reforça.
O especialista ressalta que, do ponto de vista de
estilo de vida, não dá para se esquecer de dois importantes fatores: excesso de
telas e problemas para dormir. "Estudos mostram que crianças com sono
desregulado, entre outros comportamentos de risco, também podem desenvolver
sobrepeso e obesidade", diz.
Nas redes sociais da Associação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a coordenadora de
Departamento de Obesidade Infantil, Livia Lugarinho, aproveitou para abordar o
preconceito de muitos diante da aprovação da Anvisa. "Por falta de
assimilação de que a obesidade é uma doença, existem pessoas que ainda
estranham que um adolescente precise de medicamento para controlar a condição. Duvido,
porém, que teriam a mesma reação se fosse um remédio para reduzir glicemia de
um jovem com diabetes. A obesidade é igualmente uma doença crônica
preocupante", declarou.
Apesar da autorização, o remédio ainda não está
disponível no Brasil. A previsão é de chegar às farmácias em 2024. Quando isso
acontecer, seu preço máximo, de acordo com a CMED (Câmara de Regulação do
Mercado de Medicamentos) será de R$ 2 484, nas doses mais altas, a depender do
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado. Em
São Paulo, por exemplo, essa versão pode custar até R$ 2 383,43.
A compra dependerá de prescrição médica. Além de
comprometimento do paciente aderir a outros comportamentos, como redução no
consumo de calorias e prática de exercício físico. A aplicação subcutânea
ocorre uma vez por semana.
Fonte: Estadão
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Foto: Freepik
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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