São Paulo, 27 - A Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) do Senado Federal começou a analisar nesta sexta-feira, 27,
projeto de lei que obriga empresas de telemarketing a excluírem imediatamente
telefones de suas bases de dados caso o atendente afirme não conhecer a pessoa
requisitada.
O projeto de lei determina que a recusa em receber a chamada deve ser
registrada no momento. Caso a empresa entre em contato novamente, pode receber
uma advertência na primeira infração e, depois, multa diária que varia entre R$
1 mil e R$ 50 mil, de acordo com o tamanho da companhia, reincidência ou
descumprimento sistemático.
A senadora Ana Paula Lobato (PDT-MA) afirma que a "prática é comum e
abusiva, pois expõe o consumidor à constrangimento, perda de tempo e
perturbação da tranquilidade, especialmente quando se recusa repetidamente a
receber tais contatos e continua sendo perturbado".
De acordo com a congressista, o objetivo é "proteger os consumidores que
recebem ligações recorrentes de telemarketing e cobrança indevidas,
direcionadas a terceiros desconhecidos". Em sua justificativa, a
parlamentar afirma que o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Proteção de
Dados sustentam seu projeto
Caso aprovado, o texto deve seguir para a Comissão de Transparência,
Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado, que tomará decisão terminativa, ou
seja, irá instaurar a validade sem a necessidade de ser votada no Plenário da
Casa.
Ana Paula Lobato, assumiu cadeira no Senado apesar de não ter sido eleita. Ela
ocupou o cargo após a indicação de Flávio Dino ao Ministério da Justiça e,
posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que ocorreu antes mesmo de
ele tomar posse como senador.
Inicialmente, Ana Paula Lobato era membra do Partido Socialista Brasileiro
(PSB), no entanto, em abril de 2024, optou por se filiar ao Partido Democrático
Trabalhista (PDT)
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: José Cruz/ Agência Brasil