Moscou, 18 - O serviço de segurança da Rússia informou nesta
quarta-feira, 18, que deteve um suspeito pelo assassinato de um general sênior
em Moscou. O suspeito foi descrito como um cidadão uzbeque recrutado pelos
serviços de inteligência ucraniano nascido em 1995.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) não revelou o nome do suspeito.
O próprio homem disse ter sido recrutado por serviços especiais ucranianos.
Igor Kirillov, comandante das forças nucleares, quÃmicas e biológicas de defesa
da Rússia, foi morto na terça-feira (17) por uma bomba escondida em uma scooter
do lado de fora de seu prédio em Moscou, um dia após o serviço de segurança da
Ucrânia ter feito acusações criminais contra ele. Outro militar, assistente do
tenente-general, também morreu no ataque. O assassinato foi reivindicado ainda
na terça-feira em Kiev por uma fonte do Serviço de Segurança Ucraniano (SBU),
que acusou o general de "crimes de guerra".
De acordo com informações do FSB, o suspeito recebeu a promessa de uma
recompensa de US$ 100 mil e permissão para se mudar para um paÃs da União
Europeia em troca da morte de Kirillov. A agência declarou que, agindo sob
instruções da Ucrânia, o homem viajou para Moscou, onde pegou um dispositivo
explosivo caseiro. Ele então colocou o dispositivo em uma scooter elétrica e
estacionou na entrada do prédio residencial onde Kirillov morava
O suspeito alugou um carro para monitorar o local e instalou uma câmera que
transmitiu ao vivo as imagens da cena para seus manipuladores na cidade central
ucraniana de Dnipro. Assim que Kirillov foi visto saindo do prédio, o suspeito
detonou a bomba. Imagens da cena mostraram janelas quebradas e alvenaria
queimada
Kirillov, de 54 anos, estava sob sanções de vários paÃses, incluindo o Reino
Unido e o Canadá, por suas ações na operação militar de Moscou na Ucrânia. Na
segunda-feira, 16, o Serviço de Segurança do paÃs abriu uma investigação
criminal contra ele, o acusando de direcionar o uso de armas quÃmicas
proibidas.
A principal agência investigativa estatal da Rússia disse que está investigando
a morte de Kirillov como um caso de terrorismo, e autoridades em Moscou
prometeram punir a Ucrânia.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução