Posto recém-desativado na Praça Batista Campos escancara sucateamento da Guarda Municipal de Belém

Pelo andar da carruagem, daqui a pouco as garças dominarão completamente o logradouro, que padece da falta de cuidados de manhã, à tarde e à noite, e não terão mais vigilância regular.

24/10/2023 16:00

Entregue à escuridão da noite, com luminárias quebradas e poucos frequentadores, a Praça Batista Campos conta os dias de abandono e insegurança, principalmente agora, sem a presença da Guarda/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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requentadores de uma das mais belas peças do acervo histórico - e público - da capital paraense, a Praça Batista Campos está desguarnecida desde a última quinta-feira, 19. Ao contrário das garças, que fizeram do logradouro lugar de morada, a Guarda Municipal de Belém, criada para proteger o patrimônio público municipal, bateu em retirada - ou quase.

 

Habitués da praça se surpreenderam, por questão de segurança, uma vez que, de resto, convivem com o triste abandono dispensado pela administração municipal.  O posto da Guarda garantia serviço permanente de vigilância - exceto quando os agentes eram flagrados “tirando uma soneca” em plena hora de expediente, sob o ar-condicionado do prédio. Agora, com a estrutura desativada, a vigilância será, digamos, pontual, em rondas em horários definidos pelo comando.  

 

Batendo em retirada

 

Vídeo encaminhado à coluna aponta o momento da movimentação de saída dos integrantes da Guarda da praça. O consenso é de que, além de abandonado, o espaço de lazer agora se tornou mais inseguro, realidade que vai contra o slogan da companhia: "Somos poucos, porém, sem modéstia, muito bons”.

 

De mal a pior

 

“Eles foram pegos dormindo no local durante uma situação de assalto na praça. Isso teria realmente motivado a saída”, revela uma comerciante, que pediu para não ter o nome revelado. “Aqui já aconteceram assaltos com a presença dos guardas municipais, imagina agora, sem eles”, avalia.

 

“Sem a presença deles é certo o aumento da criminalidade no local. Tomara que não fique igual à Praça da República, que se tornou insegura”, opinou Alex Brabo, 44, técnico em informática e morador do Tapanã, frequentador esporádico.

 

Há 32 anos na venda de coco na praça, Francinei Trindade, 48, afirma desconhecer o motivo da saída dos guardas. “Não avisaram nada: ficamos sabendo depois que saíram pelo nosso grupo do Whatsapp”, revela.

 

Sucateamento e problemas

 

Esse episódio envolvendo a Guarda Municipal refletiria a atual situação da gestão municipal. Informações recebidas pela coluna apontam que quatro viaturas alugadas para o trabalho operacional foram devolvidas por falta de pagamento. As que estão sendo utilizadas são mantidas por meio de coletas dos guardas municipais, para evitar constrangimento nas ruas diante das panes mecânicas.

 

Hum, hum...

 

Soma-se a isso a denúncia de que o comandante da Guarda, inspetor-geral Joel Monteiro, teria nomeado uma assessora jurídica que lhe tem criado embaraços familiares. Pelas informações do site oficial da Guarda, o grupamento mantém 1.196 integrantes, sendo 26 atuando no serviço administrativo.

 

Nunca é demais lembrar que cabe, à Guarda Municipal de Belém atribuições de guarda e vigilância dos parques, praças, jardins e demais logradouros públicos. A coluna aguarda posicionamento da Prefeitura de Belém.

 

Semob reage e manda
retirar estacionamento
das calçadas do Líder

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, a Semob, informa que uma equipe foi ao local onde a nova loja do Supermercados Líder mantém um estacionamento para táxis, na avenida Duque de Caxias com a Angustura, e promete adotar as providências necessárias para retirar o ponto, que não foi autorizado e nem sinalizado pela Prefeitura de Belém, como dizem os motoristas. O novo ponto, devidamente autorizado, será no canteiro central da avenida.

 

Em nota, o Grupo Líder diz apenas que “a questão é com a Semob”, seja lá o que isso quer dizer, mas diz...



 

Papo Reto

 

Ao leitor: estamos com instabilidade no site e problemas com a edição da coluna, daí o atraso da edição.  Nossas desculpas. Nossa equipe técnica trabalha para regularizar a publicação.

 

O “bola da vez” na preferência popular para as eleições municipais em Belém é o        delegado Eder Mauro (foto), bolsonarista roxo, segundo pesquisa recente.

 

Assumiu o lugar que em pesquisa anterior colocava o deputado estadual Zeca Pirão, do MDB, na pole position.

 

De um guru da coluna - guru, não, o próprio Oráculo - repetindo os estatísticos: “Pesquisas eleitorais consistem na arte de torturar os números até que eles nos digam aquilo que queremos ouvir”.

 

Foi-se o tempo em que interferir direta ou indiretamente em eleições de outros países, sob qualquer justificativa, era considerado "ato reprovável contra a soberania", digno de condenação internacional.

 

Às vésperas das eleições presidenciais na Argentina, o governo Lula avalizou empréstimo de US$ 1 bilhão, equivalente a cerca de R$ 5 bilhões, do Banco de Desenvolvimento da América Latina, segundo a colunista Vera Rosa, no jornal “O Estado de S. Paulo”, confirmada pela CNN.

 

A publicação diz que Lula interferiu para liberar o empréstimo que ajudou na renegociação da dívida da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI), favorecendo o candidato peronista Sergio Massa.

 

A PEC que limita poderes do Supremo Tribunal Federal entra hoje na pauta do Senado com prazo de cinco sessões para ser votada em plenário.

 

A Petrobras registrou queda bilionária no valor de mercado após reforma estatutária.

 

Inseto parecido com o mosquito da dengue preocupa especialistas em saúde, o mosquito-tigre-asiático, que tem desencadeado alerta máximo nos especialistas e autoridades de saúde por causa do seu potencial de transmitir o vírus da dengue e outras doenças virais graves.

 

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