Prisão ocorreu durante operação que investiga suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado
São Paulo, 14 - A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado, 14, o
general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato
a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi detido em Copacabana, no Rio de
Janeiro, em uma operação que contou com o apoio do Exército. Braga Netto será
entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças
Armadas. O mandado de prisão preventiva por obstrução da Justiça foi expedido
pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A prisão ocorreu no contexto de uma operação que investiga suspeitos de
envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin após
as eleições de 2022. Além do mandado de prisão, a operação cumpre dois mandados
de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão, contra
indivíduos acusados de dificultar a produção de provas durante a instrução
processual penal. Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em
Brasília, com o apoio do Exército.
Braga Netto é apontado pela Polícia Federal como uma figura central na
tentativa de golpe. Segundo o relatório do inquérito, as chamadas "medidas
coercitivas" previstas no plano Punhal Verde e Amarelo, que incluíam o
planejamento operacional para ações de Forças Especiais, foram elaboradas para
serem apresentadas ao general. Entre outras ações, o plano previa o assassinato
de Lula e Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
"Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a
sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado
e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de
embaraçamento e obstrução do presente procedimento", diz a PF.
O general da reserva é um dos personagens mais mencionados no relatório de 884
páginas da Operação Contragolpe, sendo citado 98 vezes. A operação resultou no
indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros 36 acusados por três
crimes: tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado
e organização criminosa.
Segundo o relatório, as "ações operacionais para o cumprimento de medidas
coercitivas foram planejadas em reuniões que ocorreram na cidade de Brasília,
nos meses de novembro e dezembro de 2022". Ainda segundo os federais, em
reunião do dia 8 de novembro, pouco depois do segundo turno da eleição
presidencial, os militares investigados ajustaram a elaboração do plano que
seria exibido a Braga Netto
A defesa de Braga Netto, no entanto, afirma que ele "não tomou
conhecimento de qualquer documento relacionado a um suposto golpe, nem do
planejamento de assassinato de alguém". Em relação à prisão de hoje, ainda
não houve manifestação oficial.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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