O presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a agenda do Congresso Nacional neste ano é
fazer um amplo debate sobre a arrecadação e os gastos públicos do governo Do
lado das receitas, a ideia é a regulamentação da reforma tributária, enquanto,
dos gastos, além da discussão da reforma tributária, um debate mais amplo sobre
as despesas públicas em geral.
"Há um senso de nossa parte, tanto minha quanto o presidente da Câmara,
Arthur Lira, da necessidade ao longo de 2024 de tornarmos efetiva e real a reforma
tributária através da legislação infraconstitucional e da legislação
complementar à Constituição para que possa a reforma tributária ser, então,
enfim, uma realidade no Brasil com a simplificação tributária", disse
Pacheco, durante o evento "Brazil Economic Forum", promovido pelo
Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Zurique, na Suíça.
De acordo com ele, o Congresso vai se "dedicar muito" à
regulamentação da reforma tributária neste ano. "Uma discussão que nós não
podemos escapar dela nesse ano de 2024 é referente aos gastos públicos do
Brasil", acrescentou.
"Além de uma discussão pura e simplesmente de uma reforma administrativa,
em relação aos servidores, faremos uma discussão muito ampla sobre gasto
público, quais são as nossas prioridades, quais as bases científicas,
empíricas, claras que nós temos em relação aos investimentos que o Brasil
precisa fazer a partir desta arrecadação", disse o presidente do Senado.
Segundo ele, os gastos públicos não podem ser definidos "da cabeça do
presidente da República e dos ministros de Estado, nem pode ser da cabeça dos
parlamentares a destinação". Pacheco mencionou a importância de emendas
parlamentares terem mais foco em obras estruturantes, sem engessar o trabalho
parlamentar. Admitiu, contudo, que um debate amplo sobre o gasto público no
Brasil é um "grande desafio".
"Fazer uma discussão de gasto público profunda com a participação do TCU
Tribunal de Contas da União, Câmara, Senado, do Poder Executivo, dentro de uma
lógica racional de gasto público, é um grande desafio, e, com a regulamentação
da reforma tributária, fechamos as duas pontas, a da arrecadação e do gasto
dentro de uma lógica racional", disse Pacheco.
Na pauta de 2024, estão ainda temas como inteligência artificial, o problema
das drogas no País, lei de seguros, dentre outros, segundo o presidente do
Senado. Ele também defendeu o fim da reeleição no Brasil e um mandato um pouco
mais longo, de cinco anos. "O instituto da reeleição deu certo no Brasil?
O propósito é colocar fim à reeleição no Brasil, com mandatos de cinco
anos", concluiu.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado