A secretaria de estado de saúde através da divisão de vigilância epidemiologia lançou no inicio desse mês um alerta relacionado a um possível surto de meningite na região metropolitana de Belém. O documento pede para que profissionais de saúde fiquem alertas para os sintomas da doença que atinge principalmente crianças menores de cinco anos.
O tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem perda de tempo, porque a doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem, comprometimento cerebral. Ele é feito com antibióticos aplicados na veia.
O alerta chama a atenção para o número de casos registrados até a data da assinatura eletrônica do documento, 09 de fevereiro de 2024. Foram cinco notificações, 13 casos suspeitos, sendo nove confirmados; quatro aguardavam confirmação laboratorial. Nesse mesmo período dois óbitos foram confirmados em Belém e Ananindeua e dois estavam sendo investigados.
Sobre a doença
A meningite é um processo inflamatório das meninges, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos, outros agentes ou processos não infecciosos. De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas merecem atenção especial a Doença Meningocócica e a Meningite por Hemóphilus influenzae B (Hib). Elas são as únicas que obrigam as pessoas que tiveram contato com o (a) infectado (a) fazer uso de medicamentos.
Crianças são as mais vulneráveis, porém a doença ocorre em qualquer idade. Ela é transmitida de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.
Principais sintomas.
Febre, cefaleia, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea, dor muscular/articular, letargia, irritabilidade, dificuldade respiratória, alteração no estado mental e petéquias. Em crianças pequenas: abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela, gemência, irritabilidade e apatia que se alternam, recusa alimentar, respiração irregular. Convulsões, sinais neurológicos focais e coma são complicações que ocorrem dependendo do comprometimento encefálico.
Prevenção e vacinas
A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário oficial de vacinação. A imunização contra a meningite por pneumococo, embora tenha sido lançada na Europa e nos Estados Unidos, onde as características da bactéria são um pouco diferentes, fornece boa proteção também no nosso País.
A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo C faz parte do Calendário Básico de Imunização. O esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose deve ser aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses e a dose de reforço, aos doze meses.
Fonte: Alerta epidemiológico n° 01 da Sespa/ drauziovarella.uol
Foto: Divulgação