Sonda parada trava exploração na Foz do Amazonas, mas a licença deve sair Justiça cobra União, Estado e prefeitura por descumprimento do Acordo do abrigo Comunismo à moda brasileira vai custar R$ 1.515 este ano; e "sem hospedagem"
Mineração

Operação da PF investiga Braskem por afundamento de bairros em Maceió

Agentes cumprem 14 ordens de busca e apreensão

  • 706 Visualizações
  • 21/12/2023, 09:18
Operação da PF investiga Braskem por afundamento de bairros em Maceió

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 21, uma Operação batizada Lágrimas de Sal para abastecer o inquérito sobre a exploração de sal-gema em Maceió, que causou a instabilidade do solo e o afundamento de bairros da capital alagoana.

Agentes cumprem 14 ordens de busca e apreensão em Maceió (11), no Rio de Janeiro (2), Aracaju (1).

A sede da Braskem em Alagoas é um dos alvos das diligências.

A reportagem entrou em contato com a empresa por e-mail e não obteve um posicionamento até o fechamento deste texto, deixando o espaço aberto para manifestações.

O nome da ofensiva, Lágrimas de Sal, faz referência ao "sofrimento causado à população", diz a PF, em razão de a exploração de sal-gema ter obrigado as pessoas a deixarem suas casas por causa do risco de desabamento nos bairros afetados.

De acordo com a PF, foram apurados indícios de que as atividades de mineração desenvolvidas no local pela Braskem "não seguiram os parâmetros de segurança previstos na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que visavam garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que residia na superfície".

A corporação ainda encontrou indícios de que foram apresentados dados falsos e omitidas informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade da empresa, "permitindo assim a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já presentes problemas de estabilidade das cavidades de sal e sinais de subsidência do solo acima das minas".

A ofensiva mira supostos crimes de poluição qualificada, usurpação de recursos da União e apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão.


Fonte: Estadão conteúdo

Foto: UFAL/Agência Brasil

Mais matérias Brasil

img
Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.