São Paulo, 25 - O líder do PT na Câmara,
deputado Lindbergh Farias, disse que vai reunir parlamentares petistas para
assistirem ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Primeira Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF) definirá nesta terça-feira, 25, se tornará
Bolsonaro e outros sete denunciados réus por tentativa de golpe de Estado.
Lindbergh afirmou que vai instalar uma televisão na liderança do partido para
que a bancada acompanhe junto a transmissão. O Partido dos Trabalhadores (PT)
anunciou que vai transmitir o julgamento através da TVPT - canal do partido no
Youtube.
"Amanhã (hoje, terça) o grande fato aqui é esse julgamento. Todos os
deputados têm que colocar nas suas redes, ficar acompanhando", afirmou o
petista ao Estadão/Broadcast nesta segunda-feira, 24.
O deputado afirmou que um dos temas centrais para o partido em 2025 será a
campanha sem anistia. "A gente acha que esse negócio [julgamento] vai ter
um impacto muito grande na política de 2025 O ex-presidente tinha um plano para
matar quem ganhou a eleição Isso aqui é muito simbólico, entendeu? Então a
gente vai estar aqui amanhã sim. E no outro dia a gente vai estar junto
comentando, avaliando", disse.
O projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro
tem dividido parlamentares na Câmara dos Deputados. A proposta que pode
beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem apoio de pelo menos um
terço (174) dos 513 deputados, segundo o levantamento exclusivo do Placar da
Anistia do Estadão.
Os ministros do STF vão decidir que tornam Bolsonaro e outros sete denunciados
réus no processo. Além do ex-presidente, serão julgados o deputado federal
Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier
Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e
ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o
tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid,
o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva
e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Bolsonaro e os outros sete foram denunciados por tentativa de abolição violenta
do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em
organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio
tombado.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil