ndígenas e professores do Sistema
Modular de Ensino (Some) e do Sistema Modular de Ensino Indígena (Somei), ambos
da Secretaria de Educação do Pará (Seduc), fazem desde as 6 horas desta
terça-feira, 14, uma manifestação de protesto, com ocupação da sede da
Secretaria, na avenida Augusto Montenegro, em Belém. A Polícia Militar do Pará
está no local e a situação segue tensa.
O Some e Somei são entidades que
levam educação pública ao interior do Pará, desde 1980, “mudando destinos com a
educação pelo respeito e valorização às comunidades ribeirinhas, caiçaras,
quilombolas e indígenas”, como está na identificação desses grupos em um perfil
no Instagram. Na manifestação, estão presentes lideranças dos povos Munduruku,
Tembé, Xikrim, Borari, Arapium e outros, totalizando mais de 100 indígenas,
segundo avaliação da Polícia Militar.
Sem aulas presenciais
Professores e alunos indígenas
protestam contra a decisão dos gestores da Seduc de mudar a forma como o ensino
será levado a essas comunidades, depois que uma portaria, publicada no ano
passado, mudou a forma como o ensino será ministrado: ao invés de ter aulas
presenciais, com professores orientando os alunos, a nova forma com aulas por
meio de vídeos que seriam transmitidos de uma central de ensino localizada em
Belém.
As comunidades ribeirinhas, caiçaras,
quilombolas e indígenas, além dos professores, protestam porque dizem que essa
forma de ensino não é eficiente e apontam também que, nessas localidades,
muitas das vezes, nem energia elétrica existe.
Reunião e protesto
Na segunda-feira, 13, indígenas da
região oeste do Pará se reuniram com os professores do Some e Somei
articulando uma forma para um encontro com o titular da Seduc, Rossieli Soares.
Durante a madrugada desta terça-feira, 14, outros povos, de outras partes do
Estado, chegaram para se juntar ao movimento.
Por volta das 6h30, o grupo chegou à
sede da Seduc, que estava com os portões fechados. O grupo forçou o portão
principal, o abriu e entrou, seguindo para o prédio principal da Secretaria. Os
indígenas entoavam cantos típicos de suas aldeias, seguidos pelos
professores.
Por volta das 7 horas, um batalhão de
choque da PM chegou ao local. As primeiras providências dos policiais foram
cortar a energia do prédio e jogar spray de pimenta nos
banheiros, impedindo assim que as pessoas os utilizassem.
Suspeita de acordo
A portaria publicada no ano passado
acaba com a lei do Some, desfigurando-o totalmente, e impõe o Centro de Mídias
da Educação Paraense da Seduc (Cemep), “além de outras medidas que tiram os
direitos do magistério no Pará, como um todo”, segundo denunciam os
professores.
As denúncias dos professores também
mostram que há inúmeros indígenas estudando no Some e não no Somei, que é
específico dos indígenas. Os indígenas que estudam no Some acusam as lideranças
de fazer acordo com o governo, sem consultar as demais lideranças, além de
cobrar valores bem altos nos créditos de carbono para o governo do
Estado.
As lideranças indígenas teriam ameaçado o governo do Estado de que se o sistema Cemep for instalado nas aldeias, “eles tomariam medidas radicais e envergonhariam o governo perante o mundo, além de manchar a COP30”.
Papo Reto
· Fafá de Belém (foto) será
tema do longa “Fafá - A Garota do Norte”, que vai mostrar a trajetória dela,
desde jovem, até se tornar a estrela do movimento Diretas Já, em 1984.
· As filmagens serão em Belém,
Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. No entanto, a atriz que vai interpretar
Fafá ainda não foi definida, mas outra paraense, Dira Paes, está no elenco.
· O roteiro é de Michelle
Ferreira e Renata Mizrahi, com direção dos irmãos Iberê e Maíra Carvalho. Além
desse filme, uma produção do Canal Brasil vai mostrar em um documentário os 50
anos de carreira que Fafá completa em 2025.
· O tempo
fechou, de novo, entre Michel Temer e Lula da Silva depois que o petista
insistiu na mofenta narrativa de que o impeachment de Dilma
foi um “golpe”.
· O processo foi absolutamente
constitucional e, portanto, legítimo, amparado que pelos poderes Legislativo e
Judiciário, rebate Temer.
· Não há mais nenhuma dúvida: as
mortes por dengue superaram os óbitos por covid-19 em 2024, diz o Ministério da
Saúde.
· Com toda razão, muitos ficam a
se perguntar o que seria do Brasil se a pandemia tivesse ocorrido no atual
governo.
· Ao mesmo tempo em que o
Itamaraty diz acompanhar "com grande preocupação" a perseguição do
governo Maduro a opositores, líderes do PT se juntaram para
"representar" o governo chefe Lula na posse do ditador.
· No Brasil, alguns governadores
criticaram a conduta brasileira, já que o governo federal diz não reconhecer
oficialmente a vitória de Maduro.
· Verdade verdadeira: o
Itamaraty chegou tarde para dizer o que diz. A nota divulgada sábado não mostra
tanta preocupação do governo brasileiro, tanto que continua chamando de
“governo” a ditadura de Maduro.