O líder do grupo militante libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse nesta sexta-feira que irá aumentar a pressão militar sobre Israel nos próximos dias, mas rechaçou a possibilidade de entrar em guerra com o país. A declaração aconteceu logo após o dirigente elogiar, pela primeira vez em público, os ataques do Hamas.
O Hezbollah tem enfrentado pressão interna crescente dos próprios membros e de grupos palestinos dentro do Líbano para responder com mais força à ofensiva de Israel em Gaza. "Mais ações serão tomadas contra Israel em diversas frentes e esta questão se tornará mais óbvia nos próximos dias", destacou. Ao mesmo tempo, Nasrallah vem sendo alertado por governos árabes a não desencadear uma guerra mais ampla e provocar uma resposta militar dos EUA.
Uma guerra entre o Hezbollah e Israel, vista pela última vez em 2006, seria prejudicial para ambos os lados e poderia testar a capacidade de Israel de travar uma guerra em múltiplas frentes pela primeira vez em 50 anos.
Estadão Conteúdo