Mesmo com mais de dez áreas de preservação ocupando parte do total de 80% desse tipo de bioma na Amazônia, Estado perde a corrida para projetos que atropelam o meio ambiente.
m muitos pontos do Estado, as áreas de mangue têm sido comprometidas por grandes empreendimentos ou, simplesmente, contaminados por projetos turísticos quase sempre despreocupados com a poluição do entorno. Em outras oportunidades, a Coluna Olavo Dutra apresentou situações semelhantes em Salinópolis, Bragança e Alter do Chão, em Santarém.
A
Amazônia detém 80% dos manguezais brasileiros. Só no Pará, há mangues abrigados
nas reservas extrativistas Mãe Grande de Curuçá, São João da Ponta,
Caeté-Taperaçu, Tracuateua, Araí Peroba, Gurupi-Piriá, Chocoaré-Mato Grosso e
Soure, além das reservas extrativistas marinhas de Mocapajuba, Mestre Lucindo e
Cuinarana. O Brasil é o segundo país com maior extensão de manguezais no
planeta, atrás da Indonésia.
Trata-se
de um ecossistema que possui papel extremamente importante na absorção do
dióxido de carbono, o vilão do aquecimento global, de acordo com uma recente
pesquisa coordenada pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos. O novo estudo
mostrou que mesmo após serem degradados, os mangues são capazes de absorver até
três quartos do carbono que é lançado ao ar quando eles são destruídos.
No
Pará, o governo do Estado criou o Dia Estadual de Proteção dos Manguezais como
forma de intensificar a conscientização sobre o cuidado que esse ecossistema
precisa ter. Mas a verdade é que o cuidado com os mangues é, quase sempre, uma
iniciativa da própria comunidade, já que o sustento de milhares de famílias
extrativistas vem deste bioma.
Muitas
dessas famílias se organizam em Aurems - Associações de Usuários das Reservas
Extrativistas Marinhas -, e na Rare, instituição não-governamental que apoia as
Resex - Reservas Extrativistas. Este ano, essas instituições realizaram, em
Belém, a 1ª Marcha dos Manguezais Amazônicos. Só no Pará, são 16 municípios
costeiros onde os manguezais representam segurança para quem mora nas margens e
sustento para quem vive do extrativismo.
Em
âmbito nacional, o Brasil possui agora uma iniciativa do governo para
racionalizar a gestão desses ecossistemas. Lançado em junho por decreto, o
Programa Nacional para a Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais do Brasil
- Pró-Manguezal - promete promover "a conservação, a recuperação e o uso
sustentável da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados aos
manguezais do País, considerando-se as diversas pressões sobre o ecossistema,
incluindo a mudança do clima”.
Até
agora, o BNDES já destinou 47 milhões para projetos de preservação e
recuperação de mangue em diferentes pontos do Brasil. A coluna fez contato com
o Ministério do Meio Ambiente para saber quanto desses recursos seriam
destinados ao Pará, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Enquanto isso, grandes empreendimentos seguem colocando em risco boa parte desse ecossistema - fundamental à vida e para a luta contra o aquecimento global.
Secretário é convocado a
O
deputado Rogério Barra, do PL, conseguiu aprovar requerimento de convocação do
secretário de Meio Ambiente do Estado, Raul Protázio Romão, junto à Comissão da
Casa. A convocação prevê que o representante do governo explique as medidas de
combate às queimadas que devastam o Pará em regiões como Santarém, onde a
situação é crítica. A fumaça gerada pelos incêndios tem impactado diretamente a
qualidade de vida da população local. A audiência está marcada para
terça-feira, às 14 horas.
Barra
reclama do descaso do governo e diz que a Assembleia Legislativa tem a
obrigação constitucional de fiscalizar as ações do Executivo. Para o deputado,
a gestão estadual precisa esclarecer a falta de políticas efetivas na área de
meio-ambiente.
O
parlamentar destaca que o problema ambiental se estende a Marabá, Breves e
Mosqueiro, impactando a saúde da população. “A população está adoecendo com
vários problemas respiratórios, inclusive causando uma sobrecarga no sistema de
saúde”.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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