O governo federal instituiu apoio
financeiro à pessoa com deficiência decorrente de síndrome congênita associada
à infecção pelo vírus zika. Em medida provisória publicada nesta
quinta-feira (9/01), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabelece o
pagamento de R$ 60 mil a crianças nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de
dezembro de 2024.
O requerimento será realizado
perante o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para ter acesso ao
benefício, será obrigatória a constatação da relação entre a síndrome congênita
e a contaminação da genitora pelo vírus zika durante a gestação; e da
deficiência.
O valor deverá ser pago em
parcela única. As despesas decorrentes do apoio financeiro serão custeadas pelo
programa orçamentário "Indenizações e Pensões Especiais de
Responsabilidade da União". O pagamento da indenização ficará restrito a
2025.
Por se tratar de Medida
Provisória, o ato passa a valer a partir da publicação, mas deverá ser aprovado
pelo Congresso Nacional em até 180 dias.
O que é o zika vírus?
Segundo o Ministério da Saúde,
a gestante infectada, sintomática ou assintomática, pode transmitir o
vírus para o feto durante todo o período gestacional, o que pode gerar a
manifestação de diversas anomalias congênitas — principalmente a microcefalia —,
além de alterações do sistema nervoso central e outras complicações
neurológicas que, em conjunto, constituem a Síndrome Congênita do vírus
Zika (SCZ).
"As crianças com SCZ tendem
a ter uma ampla gama de deficiências intelectuais, físicas e sensoriais, que
duram a vida toda", explica a pasta.
O zika é uma doença viral
transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. O primeiro
caso confirmado no Brasil foi em abril de 2015.
Pessoas infectadas pelo vírus
zika podem não perceber a doença, pois ela é assintomática em 80% dos casos.
Porém, os sintomas clínicos mais comuns são febre baixa, dores da cabeça e nas
articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Em
caso de sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Reprodução/Agência
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