O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta terça-feira, 25, a Operação
Hydra, que tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro do Primeiro Comando
da Capital (PCC) por meio de fintechs.
Conforme o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), duas empresas
forneciam serviços financeiros alternativos aos bancos tradicionais,
envolvendo-se em transações ilícitas. Os nomes delas não foram revelados.
Um dos alvos da operação é o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, que
teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
A ação também cumpre dez mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades
de São Paulo, Santo André e São Bernardo, as duas últimas no ABC paulista.
A Justiça também bloqueou valores em oito contas bancárias e suspendeu
temporariamente as atividades econômicas de instituições de pagamento
envolvidas, conforme informado pela Polícia Federal.
Investigação surgiu a partir de delação
A investigação foi iniciada a partir das declarações prestadas pelo delator
Antônio Vinicius Gritzbach, que foi executado no Aeroporto Internacional de
Guarulhos em novembro de 2024.
"O colaborador jogou luz na atuação de fintechs para o branqueamento de
bens e valores oriundos de atividades criminosas. Trata-se de uma das frentes
das investigações realizadas pela Polícia Federal, cujo objetivo é desarticular
esquema de lavagem de dinheiro por meio das instituições de pagamento",
disse o MP-SP.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil