São Paulo, 14 – O confronto entre Israel e Irã atingiu um novo patamar neste fim de semana, com trocas de ataques que já resultaram em pelo menos 81 mortes nos dois países, segundo informações oficiais. O conflito teve início na quinta-feira, quando forças israelenses realizaram uma série de ataques contra o programa nuclear iraniano e alvos militares estratégicos.
Na sexta-feira, Israel lançou uma ofensiva com aviões e drones, destruindo instalações-chave e matando generais e cientistas importantes ligados ao programa nuclear do Irã. De acordo com o embaixador iraniano na Organização das Nações Unidas (ONU), Amir Saeid Iravani, os ataques resultaram na morte de 78 pessoas e deixaram mais de 320 feridos. O diplomata também responsabilizou os Estados Unidos por colaborarem com Israel na ofensiva.
Em resposta, o Irã intensificou sua contraofensiva na tarde de sexta-feira (já noite no horário local), com o lançamento de drones e mísseis balísticos contra o território israelense, incluindo a cidade de Tel Aviv, centro financeiro do país. Segundo autoridades israelenses, os ataques iranianos provocaram três mortes e deixaram dezenas de feridos.
O governo de Israel justificou os ataques preventivos afirmando que o Irã estaria se aproximando da capacidade de construir uma arma nuclear. No entanto, especialistas e autoridades norte-americanas avaliaram que Teerã não estava, até o momento dos ataques, desenvolvendo ativamente tal armamento.
O episódio também prejudicou as negociações que estavam previstas entre Estados Unidos e Irã sobre um possível novo acordo nuclear, justamente poucos dias antes de uma rodada de conversas que ocorreria neste domingo, 15. Em meio à escalada, as forças militares dos EUA ampliaram sua atuação na região, passando a operar em apoio direto a Israel, derrubando mísseis e drones iranianos no ar, em terra e no mar.
Até o momento, o Irã já lançou aproximadamente 200 mísseis balísticos e mais de 200 drones em direção ao território israelense, como resposta às múltiplas ondas de ataques conduzidas por Israel desde quinta-feira. Segundo autoridades americanas, antes mesmo do início das retaliações iranianas, caças, contratorpedeiros da Marinha e sistemas de defesa aérea dos Estados Unidos já haviam sido mobilizados para conter as ameaças.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução CNN