O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, teve reunião com o
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira, 3, para
pressionar por uma "pausa humanitária" nos combates em Gaza, mesmo em
meio a temores de que o conflito possa se agravar, com os israelenses em alerta
máximo para possíveis ataques em sua fronteira com o Líbano.
Trata-se da terceira visita de Blinken a Israel desde que o grupo extremista
palestino Hamas lançou, em 7 de outubro, uma brutal ofensiva contra múltiplos
alvos em Israel, dando início à guerra.
As tropas israelenses reforçaram nesta sexta o cerco à cidade de Gaza, foco de
sua campanha para esmagar militantes do Hamas, que governa o enclave.
Há preocupações de que a guerra possa desencadear combates em outras frentes.
Israel e o grupo militante Hezbollah, por exemplo, vêm repetidamente trocando
tiros ao longo da fronteira com o Líbano. As tensões se intensificaram antes de
um discurso aguardado para hoje pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no
que seria sua primeira manifestação pública desde o ataque do Hamas.
O Hezbollah, um aliado do Hamas que conta com apoio do Irã, atacou nesta
quinta-feira, 2, posições militares israelenses no norte de Israel com drones e
morteiros. Militares israelenses disseram que retaliaram com aviões de guerra e
helicópteros, e seu porta-voz, o contra-almirante Daniel Hagari, relatou que
civis ficaram feridos nos ataques do Hezbollah.
"Estamos em um estado de alerta elevado no norte, em estado de alerta
muito elevado, para responder a qualquer eventualidade hoje e nos próximos
dias", afirmou Hagari.
Fonte: Estadão conteúdo/Associated Press
Foto: Divulgação