Clima esquenta na OAB: advogados da Comissão de Direito Previdenciário pedem renúncia coletiva

Documento com pedido foi protocolado no último dia 19, mas presidente Eduardo Imbiriba tenta negociar em reunião marcada para 8 de janeiro.

22/12/2023 11:20
Clima esquenta na OAB: advogados da Comissão de Direito Previdenciário pedem renúncia coletiva
C

 

om um rosário repleto de queixas ao advogado Eduardo Imbiriba, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, seus pares, integrantes da diretoria da Comissão Estadual de Direito Previdenciário decidiram devolver seus cargos, mas Imbiriba, diante do imbróglio, rejeitou o pedido e marcou para o dia 8 de janeiro de 2024 uma reunião discutir o assunto.


Documento protocolado na Ordem foi seguido de nota esclarecendo as razões da decisão, inclusive com denúncia contra a Comissão de Prerrogativas/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Presidida pela advogada Ana do Socorro Sousa, que tem como  vice-presidente o advogado Renan Bonfim, a Comissão (CDPREV) representa 383 advogados, e apresentou entre as razões da debandada as divergências de rumos e objetivos traçados entre a OAB e a Comissão onde, por inexistência de comunicação ou desconhecimento da forma de trâmites relacionados ao Direito Previdenciário, há um sentimento de ações que se mostraram não apenas improdutivas, mas “desmanteladoras dos esforços envidados, e que minam os propósitos almejados de forma comum, aliado à falta de apoio que transcorre ao longo de dois anos”, diz o documento.

 

Acalmando ânimos

 

Diante do registro do pedido, o presidente da OAB, Eduardo Imbiriba, chamou os membros da Comissão para uma reunião em seu gabinete, com o claro intuito de tentar dissuadir o grupo da renúncia coletiva. 

 

Segundo a nota de esclarecimento publicada posteriormente pela Comissão, foram feitos vários esclarecimentos por parte de Imbiriba, com ponderações e renovações de promessas anteriormente elaboradas por ele e não cumpridas, garantindo que seriam em curto prazo implementadas. Imbiriba também teria se comprometido em melhorar o diálogo com a comissão.

Ainda assim, os membros da Comissão não aceitaram de pronto o retorno aos cargos, situação que será negociada na reunião de 8 de janeiro, quando os dois lados esperam alcançar um desfecho conclusivo para a situação.

 

Descaso recorrente

 

Propondo a reunião, Imbiriba terá inclusive a oportunidade de realizar o que também é uma queixa da comissão, já que entre os problemas apontados está o fato de que, de maneira recorrente, Eduardo Imbiriba agenda reuniões “sem, contudo, honrar sua presença, e somente em duas oportunidades mandou representantes”, o que para a direção da Comissão se traduz em total descaso com as demandas.

 

A diretoria da Comissão reclama ainda que não há um olhar sensível e criterioso às suas demandas pela presidência, e cita como exemplo o que chama de “desastrada” ação de fiscalização da Comissão de Prerrogativas da OAB, ocorrida no último dia 13, liderada pelo presidente, junto ao INSS, na APS de Nazaré e outras APS’s simultaneamente, em que a postura adotada pela Comissão de Prerrogativas teria violado o próprio regulamento interno da Ordem.

 

Coerção e censura

 

A manifestação da Comissão documenta ainda que foi lamentável a resposta da OAB diante das manifestações legítimas da Advocacia Previdenciária, e que, ao invés de promover um debate construtivo, a presidência optou pela coerção, censurando os comentários realizados pela classe, restringindo e deletando as postagens em suas mídias sociais, “onde agora há apenas a interação de curtidas e compartilhamentos, cerceando e incorrendo em censura com grave violação à prerrogativa da livre manifestação”, diz a nota.

 

Participação e colaboração

 

A Comissão lembrou que, ao assumir os cargos na comissão, em 13 de julho de 2022, se  comprometeu a  zelar pela seriedade e buscar o aprimoramento dos meios de atuação no campo da Advocacia Previdenciária. Além da reunião com a comissão, que resultou em uma próxima, a do 8 de janeiro, o presidente Eduardo Imbiriba ainda não se pronunciou publicamente sobre o episódio do pedido de renúncia coletiva.

 

Papo Reto

 

Em tempo de censura, o ex-deputado Wladimir Costa (foto) teve sua conta no Instagram desativada, depois de usá-la para fazer denúncias contra "poderosos da aldeia".

 

Durante os governos de Simão Jatene, andaram batendo pesado na tecla “privatização da Cosanpa”. A história agora é outra.

 

A Secretaria de Educação, entregue ao “estrangeiro” Rossieli Soares, ainda não se dignou a detalhar um plano - se é que tem - sobre a recuperação de prédios de escolas públicas.

 

Na avaliação dos próprios dirigentes do setor no Pará, a precariedade das instalações responde pela maior causa de evasão escolar, tanto em Belém, quanto no interior.  

 

Vem aí recurso do governo no Supremo Tribunal Federal contra a tese do marco temporal, vetada pelo presidente Lula e restabelecida pelo Congresso.

 

Quem se importa com o rombo nas contas públicas? O ninistro Dias Toffoli, do STF, suspendeu a decisão do Tribunal de Contas da União que vetava os quinquênios a juízes federais.

 

O mimo será pago aos magistrados que ingressaram na carreira até 2006 e corresponde ao acréscimo de 5% no salário a cada cinco anos.

 

A Anvisa abriu consulta pública para tratar da regulamentação das bulas digitais.

 

O governo quer aplicar nas embalagens dos remédios um QR Code para leitura rápida, com acesso a informações adicionais que ajudem no uso adequado do medicamento.

 

O Agro brasileiro fechou 76 novos acordos comerciais em 2023. Segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, os principais destinos dessas exportações foram as Américas e a Ásia, com destaque para o México, a China e o Chile.

 

A militância de esquerda deve sentar praça em Brasília para tentar incluir as chamadas pautas progressistas no Plano Nacional de Educação.

 

Para esse segmento, o agro é ruim e a educação deve reafirmar essa ideia sempre que possível.

 

O que se diz é que o MST e CUT foram convidados a contribuir para o plano da educação, mas a CNA não foi.

Mais matérias OLAVO DUTRA