A localização de mais de mil presos desaparecidos durante a sangrenta ditadura de Augusto Pinochet no Chile, entre os anos de 1973 e 1990, poderá ser facilitada com a ajuda de inteligência artificial (IA), de acordo com o atual presidente chileno, Gabriel Boric.
“No campo dos direitos humanos, a IA vai desempenhar um papel importante no Plano Nacional de Busca dos nossos presos desaparecidos”, afirmou Boric. “Neste sentido, a inteligência artificial não está alheia a um dos grandes desafios que temos hoje no mundo, que é o fortalecimento da democracia”, acrescentou.
A Comissão da Verdade e Reconciliação do Chile, instalada logo depois do fim da ditadura, estimou que ao menos 3.200 pessoas morreram ou desapareceram e pelo menos outras 40 mil foram torturadas pelos militares durante os 17 anos de ditadura.
Em agosto de 2023, foi criado o Plano Nacional de Busca da Verdade e da Justiça. De acordo com o governo do Chile, das 1.469 pessoas desaparecidas, apenas 307 foram encontradas e identificadas. Ainda precisam ser localizados 1.162 presos.
Com informações do site Poder 360