Ressocialização

Alepa recebe exposição de trabalhos criados por custodiadas do Sistema Penal

O objetivo é treinar as detentas para a vida após o cárcere, fortalecendo a autoestima e a autonomia a partir do aprendizado de práticas artesanais

27/08/2024 00:01
Alepa recebe exposição de trabalhos criados por custodiadas do Sistema Penal

Belém, PA - A Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (COOSTAFE) realizou, na última semana, uma exposição com peças produzidas por 30 detentas de Ananindeua, custodiadas do Centro de Recuperação Feminina (CRF). No acervo estavam bolsas, bonecas, quadros e diversos materiais produzidos a mão pelas artistas.


As obras das integrantes do projeto de reinserção social, desenvolvido pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e pelo Governo do Pará, puderam ser conferidas no Hall de entrada do auditório João Batista, da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).


A COOSTAFE é a primeira cooperativa feita por detentas no Brasil e usa a produção de artesanato como meio de qualificação profissional e geração de renda para mulheres encarceradas ou egressas do sistema prisional.


O objetivo é treinar as detentas para a vida após o cárcere, fortalecendo a autoestima e a autonomia a partir do aprendizado de práticas artesanais e noções básicas de contabilidade – preço, receita, custo, lucro.


O artesanato produzido é vendido em eventos, praças públicas, feiras e exposições pelas reeducandas, que estão em regime semiaberto. A renda das vendas é integralmente destinada às cooperadas.


“No momento, a cooperativa está se reestruturando, mudando os tutores, regulamentando o estatuto e validando os participantes, para depois retornar a fazer a divisão de valores. Este processo está tramitando”, explicou Raquel Lima, coordenadora de trabalho e de produção na Seap.


A cooperada Shirlene Gomes, de 40 anos, foi condenada por tráfico de drogas. Enquanto apresentava ao público as peças na exposição, ela afirmou se sentir mais confortada e incluída graças ao projeto.


“O trabalho na Cooperativa nos ajuda com a remissão de pena, e mais que isso, traz a oportunidade de sair de dentro de uma cela para entrar em um ambiente de trabalho, ajudando em nossa ressocialização, nos dando perspectiva de futuro”, disse. Para Shirlene, o trabalho desenvolvido combate a ociosidade e permite apreender uma profissão e outras funções. “Eu não sabia lavar, nem costurar, e hoje eu sei tudo isso através da COOSTAFE”, disse.


A cooperada Shirlene Gomes, de 40 anos, foi condenada por tráfico de drogas. Enquanto apresentava ao público as peças na exposição, ela afirmou se sentir mais confortada e incluída graças ao projeto.


“O trabalho na Cooperativa nos ajuda com a remissão de pena, e mais que isso, traz a oportunidade de sair de dentro de uma cela para entrar em um ambiente de trabalho, ajudando em nossa ressocialização, nos dando perspectiva de futuro”, disse. Para Shirlene, o trabalho desenvolvido combate a ociosidade e permite apreender uma profissão e outras funções. “Eu não sabia lavar, nem costurar, e hoje eu sei tudo isso através da COOSTAFE”, disse.


Foto: Ozéas Santos/AID Alepa

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