São Paulo, 11 - A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, afirmou que não pretende se candidatar novamente ao Palácio do
Planalto. Marina foi candidata a presidente em 2010, 2014 e 2018 Em 2022, pela
Rede Sustentabilidade, elegeu-se deputada federal A ex-senadora disse estar
"convencida" da escolha e que, ao invés de um projeto presidencial,
pretende corroborar com a manutenção de uma "frente ampla" pela
democracia.
"Não serei mais candidata à Presidência. Não me coloco nesse lugar. Fui
convencida a ser deputada federal, e, embora sempre veja a política como um
processo dinâmico, hoje meu foco é continuar contribuindo para que a frente
ampla e a defesa da democracia sigam vitoriosas", disse a ministra durante
o Roda Viva desta segunda-feira, 10.
Marina reafirmou ser técnica a atuação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no licenciamento para explorar
petróleo na Margem Equatorial, na Foz do Amazonas.
O impasse opõe o setor de energia e os ambientalistas do governo de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Um parecer técnico do Ibama rejeitou o pedido de
exploração, mas há pressão para que Rodrigo Agostinho, presidente do órgão,
rejeite o relatório e aprove o licenciamento. Agostinho afirma que há prazo
para concluir a análise do pedido, enquanto Lula disse se tratar de
"lenga-lenga".
"Se todas as dificuldades forem superadas durante o processo de
licenciamento, a licença pode ser concedida. Caso contrário, ela é negada. Mas
é uma decisão técnica", disse Marina Silva.
Além do presidente, também há pressão de Alexandre Silveira, ministro de Minas
e Energia. Silveira afirmou que é hora da "chave virar" no processo
de emissão da licença, prometendo pesquisas sustentáveis na região, e que
pretende cobrá-la de Agostinho pessoalmente. Por outro lado, Marina afirmou não
se sentir pressionada no governo.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil